Tecnologia
Estudo revela que tratar bem um chatbot melhora seu desempenho
Pedir por favor é uma das maneiras mais efetivas de conseguirmos algo. Nossos pais ensinaram isso desde sempre (ou deveriam ter ensinado) e essa máxima dura por toda a vida. Mas será que funciona também com os robôs?
Esse é um debate que tem ganhado a internet nos últimos meses. E tem muita gente fazendo testes com chatbots e os resultados são surpreendentes: a Inteligência Artificial reage melhor quando tratada com educação.
Esse assunto virou tópico no fórum Reddit há uns 6 meses. E, em novembro do ano passado, cientistas da Microsoft, da Universidade de Pequim e da Academia Chinesa de Ciências descobriram que os modelos generativos de IA em geral têm melhor desempenho quando solicitados de uma forma que transmita urgência ou importância.
Sim, os pesquisadores fizeram uma série de experimentos e identificaram respostas melhores do ChatGPT quando escreveram algo como “É crucial que eu seja entendido” ou “Isso é muito importante para minha carreira”.
Outros exemplos
- Esse não é o único caso.
- Uma equipe da Anthropic, uma startup de IA, conseguiu evitar que o seu chatbot Claude desse respostas preconceituosas, fazendo um pedido para que o robô “realmente, realmente, realmente” não fizesse isso.
- Já os cientistas de dados do Google descobriram que dizer a um grande modelo de linguagem para “respirar fundo” fez com que ele resolvesse melhor problemas matemáticos desafiadores.
- Tem até o caso de um usuário do Reddit que disse que o robô atuou melhor após ele prometer um prêmio de US$ 100 mil!
- Os cientistas estão chamando esse tipo de interação com a máquina de ‘instruções emotivas”.
- Eles afirmam que é muito fácil confundir as coisas, dadas as formas convincentemente humanas com que esses chatbots conversam e agem.
- Os pesquisadores, no entanto, garantem: essas máquinas não têm emoções.
- Mais do que isso: eles explicam que os modelos generativos de IA não têm inteligência real.
- São simplesmente sistemas estatísticos que preveem palavras, imagens, fala, música ou outros dados de acordo com algum esquema.
Então por que raios eles têm um desempenho melhor se tratados com educação?
Nouha Dziri, pesquisadora do Instituto Allen de IA, tem o seu palpite. Segundo ela, a chave está no treinamento pelo qual passaram esses LLMs.
“Os modelos são treinados com o objetivo de maximizar a probabilidade de sequências de texto. Quanto mais dados de texto eles veem durante o treinamento, mais eficientes eles se tornam na atribuição de probabilidades mais altas a sequências frequentes. Portanto, ‘ser mais gentil’ implica articular suas solicitações de uma forma que se alinhe com o padrão de conformidade no qual os modelos foram treinados, o que pode aumentar a probabilidade de entregar o resultado desejado”, disse ela ao site TechCrunch.
A cientista explicou ainda que o bom desempenho da IA generativa está diretamente relacionado ao prompt, ou seja, ao comando de texto que você dá para que o chatbot execute uma tarefa.
Na opinião de Nouha Dziri, a IA ainda precisa evoluir bastante para que não reaja mais a essas ‘instruções emotivas”.
“Descobrir o prompt perfeito que alcançará o resultado pretendido não é uma tarefa fácil e é atualmente uma questão de pesquisa ativa. Minha esperança é que desenvolvamos novas arquiteturas e métodos de treinamento que permitam aos modelos compreender melhor a tarefa subjacente sem precisar de tais prompts específicos. Queremos que os modelos tenham um melhor senso de contexto e entendam as solicitações de uma forma mais fluida, semelhante aos seres humanos, sem a necessidade de uma ‘motivação’”, concluiu a doutora.
-Fonte: Olhar Digital. Foto: Stock-Asso/Shutterstock
Tecnologia
Samsung apresenta o novo anel inteligente de saúde
A Samsung apresentou nesta segunda-feira, 26, o Galaxy Ring, seu novo anel inteligente de saúde e bem-estar que ainda será lançado este ano. A novidade foi revelada durante o Mobile World Congress (MWC), evento que acontece durante esta semana, em Barcelona.
A empresa não divulgou muitos detalhes sobre o novo Galaxy Ring, mas garante que o dispositivo é capaz de rastrear hábitos de sono e fornecer uma maneira simples e discreta de monitorar indicadores como respiração, frequência cardíaca e movimento.
“Como uma nova adição ao nosso portfólio de dispositivos vestíveis, o Galaxy Ring oferecerá aos usuários uma maneira totalmente nova de simplificar o bem-estar diário, capacitando-os com mais insights e maneiras de se entenderem dia e noite”.
Diz o VP da Samsung, Hon Pak, que também é chefe da equipe de saúde digital da empresa.
Fonte: Forbes
Tecnologia
Cão-robô da Xiaomi dá cambalhotas e custa US$ 3.000
No verão de 2021, a Xiaomi revelou pela primeira vez o CyberDog, um design que foi inicialmente comparado à versão mais aterrorizante do Spot da Boston Dynamics.
Anunciado no verão passado, o CyberDog 2 apresenta uma aparência um pouco mais amigável do que seu antecessor, embora o termo “um pouco” pareça subestimar significativamente essa mudança. Apesar disso, o robô ainda está longe de rivalizar com o Sony Aibo. No entanto, ele abandonou a cabeça achatada do primeiro CyberDog, adotando uma forma mais semelhante à de um cachorro.
Além de sua dança, o robô tem a capacidade de girar, como visto em vídeos promocionais.
Atualmente, o CyberDog 2 está disponível para compra online por US$ 3.000, quase o dobro do preço de seu antecessor, que custava US$ 1.600. Claro, essa versão não tinha um vídeo em que ela dá um salto mortal para trás em um skate em movimento.
A Xiaomi posiciona o sistema como um robô doméstico, embora o preço seja considerado proibitivo por muitos. Um vídeo sugere que o cão-robô poderá eventualmente substituir animais de estimação reais devido à sua capacidade de resposta. Contudo, muitos ainda consideram a aparência do robô algo distópico, lembrando a referência ao Dr. Who’s K9.
Enquanto o CyberDog 2 não atinge a fofura desejada, a Xiaomi está desafiando os limites da tecnologia robótica e sua integração na vida cotidiana. Resta ver se a evolução futura tornará o robô mais aceitável como um companheiro doméstico.
Tecnologia
Usuários recebem emails sobre “fim do Gmail”; o que diz o Google?
Alguns usuários do Gmail dizem estar recebendo e-mails sobre um suposto encerramento do serviço do Google. Nas redes sociais, inclusive, é possível achar capturas de mensagens que dizem “Google is sunsetting Gmail” (algo como “Google está apagando o Gmail”, em tradução literal).
Na mensagem, a empresa “alerta” os usuários, dizendo que vai apagar o Gmail em 1º de agosto de 2024, encerrando o suporte para enviar, receber ou armazenar e-mails. O texto ainda informa o seguinte:
“Tomamos a decisão de encerrar o Gmail considerando cuidadosamente o cenário digital em evolução e nosso compromisso em fornecer soluções inovadoras e de alta qualidade que atendam às necessidades de nossos usuários. No espírito de progresso e adaptação, estamos concentrando nossos recursos no desenvolvimento de novas tecnologias e plataformas que continuarão a revolucionar como nos comunicamos e interagimos online”.
Essa mensagem é falsa e visa confundir os usuários do serviço. Atualmente, o Google está encerrando somente uma das formas de acessar o Gmail — que, aliás, nem é tão comum para a grande maioria dos usuários. De resto, a ferramenta vai continuar a mesma.
Google vai encerrar versão em HTML do Gmail
Em janeiro deste ano, o Google começou a desativar a visualização básica do Gmail em código HTML. O recurso permitia abrir e-mails sem nenhum elemento visual, apenas com o texto.
Segundo a página de suporte do serviço, todos os usuários terão a interface do Gmail alterada para o estilo padrão ainda este ano. Para a maioria das pessoas, a ferramenta de emails vai continuar funcionando normalmente.
No texto oficial, a gigante das buscas diz o seguinte:
“Estamos escrevendo para informar que a visualização em HTML básico do Gmail para web em desktops e dispositivos móveis será desativada a partir do início de janeiro de 2024. As visualizações em HTML básico do Gmail são versões anteriores do Gmail que foram substituídas por seus sucessores modernos há mais de 10 anos e não incluem funcionalidades completas do Gmail”.
Para reforçar a mensagem, a conta oficial da plataforma no X (antigo Twitter) publicou um post, na última quinta-feira, dizendo que “o Gmail veio para ficar”.
Versão em HTML carregava melhor em conexões lentas
Ainda hoje, quando alguém tenta acessar a versão em HTML, o Google diz que a versão funciona melhor em “conexões mais lentas e navegadores antigos”. Em seguida, a empresa pede ao usuário trocar para a versão padrão.
A versão em HTML perde diversos recursos, como chat, corretor ortográfico, filtros de pesquisa, atalhos de teclado e formatação avançada de texto. Contudo, ela pode ser útil para carregar e-mails em conexões lentas ou ver mensagens sem imagens.
Não sabemos se o Google pretende lançar uma nova visualização para o Gmail, com foco em velocidade de carregamento. Por enquanto, a empresa concentra seus esforços na criação de ferramentas de inteligência artificial.
Para o Gmail, aliás, o Google lançou recentemente o Duet AI, que visa ajudar os usuários a escrever e-mails. Além disso, na semana passada, a empresa ainda integrou o chatbot Bard às contas do Google para responder perguntas relacionadas ao histórico de e-mails.
-Fonte: Giz Brasil. Foto: Reprodução.